segunda-feira, 28 de novembro de 2016

CAF VII

UMA MANIFESTAÇÃO NECESSÁRIA: espero (todos esperam...) publicar assim que possível outras fotos da histórica sessão do CINECLUBE ALTO DO FAROL (CAF) na casa de João Lúcio Martinho, o Joãozinho, em 12/02/2005 quando exibimos em VHS "Babilônia 2000" do saudoso cineasta Eduardo Coutinho. Com a presença de 16 pessoas. COMO PRINCIPALMENTE A RETOMADA/REORGANIZAÇÃO NÃO SÓ DO CAF MAS TAMBÉM DE TODO MOVIMENTO CINECLUBISTA DE OSASCO E REGIÃO. Enfim, conto mesmo com todos os interessados para tais ações e/ou atitudes!
Meu contato todos sabem: este aqui, rsouza08@yahoo.com.br e 11 9 8917-4783 Claro / Alto do Farol - Osasco/SP
P.S.: Qualquer coisa vá em posts passados como os de set./out./nov. (pelo menos) e procure saber mais. Participe!!!



terça-feira, 15 de novembro de 2016

Cinema Novo Caetano Veloso e Gilberto Gil

INFELIZMENTE AQUELAsensação de mal estar, desespero mesmo, que literalmente os atuais 11 milhões
de desempregados (ou mais) sentem, mais um sentimento generalizado de injustiça
e negação da política, de fato faz que possamos entender o porquê a imensa
maioria dos brasileiros procure cada vez mais se apegar principalmente a algum
tipo de prática religiosa, em detrimento ao cultivo ou resgate da Cultura
Brasileira, por exemplo. Justamente porque como já há muito tempo estudado e
ensinado por diversos intelectuais vivos como Wladimir Safatle, Marilena Chauí,
Frei Beto, etc., o que comanda tudo é a Política. Aliás, nem parece que há
poucos dias houve eleições. Ou melhor, muitos já nem lembram mais em quem
votaram (!). Logo o desanimo, a depressão e as mais diversas doenças (que o
diga a explosão de inúmeros planos de saúde e drogarias...), levam a um clima
de alienação geral. Quer dizer, isto devidamente amparado sob forte manipulação
do quarto Poder: a imprensa. Ou melhor, todos os inúmeros Meios de Comunicação disponíveis
atualmente. Nesse caso controlado em boa parte por estrangeiros poderosos. Com
perdão de certa agressividade.
Por outro lado para quem quiser assistir a maravilhosos
filmes em cartaz em SP como “Cícero Dias, o compadre de Picasso” de Wladimir
Carvalho, “Canção da Volta” de Gustavo Rosa de Moura e “Cinema Novo” de Eryk
Rocha, precisa 1- Realmente precisa ser alguém com certo “caldo cultural”, ou
seja, que menos se dê o trabalho de saber quem são e o que representa os
diretores e enfim do que se tratam os filmes em questão. Que leiam! 2- Aqui o
principal: que tenham ou ainda tenham o sagrado hábito de ir (ao menos uma vez
ao mês) no cinema. 3- Amem a vida.
Finalmente: vamos todos aproveitar  também, de amanhã (16/11) a 28/11 no CCBB em
SP a Mostra “Perola Negra, Ruth de Souza” http://culturabancodobrasil.com.br/portal/perola-negra-ruth-de-souza-3/
uma bela oportunidade de festejar os 70 anos de carreira de uma das maiores atrizes brasileiras, Ruth de Souza;  e  de 17/11 a 20/11 mais uma oportunidade
para (re) conhecer importantíssimas obras cinematográficas  que Humberto Mauro nos legou em combinação com
outro histórico nome do cinema brasileiro, Paulo Emilio Sales Gomes que neste
ano de 2016 comemora-se o centenário de seu nascimento (ENTRADA FRANCA!) http://www.cinemateca.gov.br/mostra/ciclo-humberto-mauro-100-paulo-emilio
É isso, discutir todos os diversos problemas atuais também
pode e deve ocorrer indo para as ruas. No caso, para ambientes que todos possam
igualmente desfrutar do que há de melhor da Cultura sem ignorar ou se omitir
diante da necessidade de continuar na luta por justiça socioeconômica. E claro,
presencialmente fortalecendo as autenticas redes sociais: as novas ou velhas
amizades!
P.S.: Para quem me conhece sabe muito bem que sempre combati
a xenofobia. Agora nunca aceitarei o desrespeito ou as mais diversas idiotices
com algo que sempre acreditei e cultivei: A CULTURA BRASILEIRA.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

domingo, 6 de novembro de 2016

LETRA PPO



PARA QUEM NÃO SABE AINDA, ou melhor, ainda não assistiu meu novo documentário, PASSAPORTE PARA OSASCO (DVD, 90 Min., 2016), e também não prestou atenção que além da luxuosa parceria com a Banda de Rock La Carne com sua música “Granada”, outra ilustrímissima participação foi/é do também amigo musico e compositor Alcides Neves. Que realizou sob minha encomenda a letra, produção e gravação (Voz & Violão) da música tema, PASSAPORTE PARA OSASCO, com duração de dois preciosos minutos!
Tenho plena consciência que quando houver a devida oportunidade tentarei expor todas as minhas impressões e principalmente emoções sobre esta formidável criação. Bem como da fundamental importância não só do Alcides, mas de toda a querida equipe de amigos e parceiros do filme. No dizer de Cacá Diegues:  “... uma família que se forma cabendo ao diretor e/ou produtor cuida-la  com muita atenção e carinho...”. Conforme o  livro “Os filmes que não filmei” de Silvia Oroz.
Agora: é evidente que para quem já tem pelo menos mais de 35 anos de Osasco (digamos assim), ou então conhece um pouco da história da cidade, com certeza já conseguiu/gue sacar a fina flor da poesia contida nesta música. Aliás, como já disse esses dois minutos sem duvida resumem não só as mais de duas décadas da gestação do filme, mas o sentimento ousado, revolucionário de toda a “Geração 1968” aqui simbolizada por um dos seus maiores ícones: a grande liderança operaria José Ibrahim (1947-2013).
É isso, lambida uma vez mais a cria, é de esperar novas participações, ou simplesmente a curiosidade de quem não viu ainda essa obra. Como diz um outro Cacá (Mendes):   “...para quem perdeu o lançamento do filme em 11 de março de 2016 no Teatro Municipal de Osasco, de fato foi uma grande oportunidade...”. Ao que arremato: em se tratando de uma Sessão Cineclubista com um filme sobre a importância de manter viva a memória de mais um dos (tristes) capítulos do  período da Ditadura Militar  no Brasil (1964-1985) no principal teatro da cidade, a provocação foi digna de uma das inúmeras feitas pelo já saudoso Antônio Abumjara (1932-2015).
PASSAPORTE PARA OSASCO (PPO)
(Alcides Neves)

Chegados num trem d’Oeste
Bahia Paraná Goiás Rio Minas
Serranias e nordeste
E sacoleiros Brás Leste

Domésticoleiros pedreiros
Anarco-sindicalistas
Direitas oportunistas
Diletantes radialistas

Formigueiro só se espelha
Antonio Agú pura festa
Cavalo-homem que passa
E um camelo que retalha

Bahia num trem d’oeste
Retirantes severinas
Sertanejas e do agreste
E uns violeiros da peste

Domesticoleiros pedreiros
Anarco-sindicalistas
Direitas oportunistas
Diletantes radialistas

Formigueiro só se espelha
Antonio Agú pura festa
Cavalo-homem que passa
E um camelo que retalha

Chegados num trem d’oeste
Concentrado encapuzado
Panfleta e desaparece
Na multidão que estremece

Chegados num trem d’Oeste
 Paraná Goiás Rio Minas
Serranias e nordeste
E sacoleiros Brás Leste