quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
A HERANÇA (E SAUDADE) DE EDUARDO COUTINHO
CONSIDERANDO QUE os documentários brasileiros estão em alta (como no mundo...) especialmente os musicais, essa tragédia que foi a morte do mestre Eduardo Coutinho domingo passado (02/02), não vai mesmo abalar nossa Fé e Amor nesse gênero cinematográfico tão caro a própria história do cinema. Basta recordar que o cinema começou com um curta metragem documentário...
Aliás, caro tb. a outro mestre que intitula este blog:
Humberto Mauro! Que justamente agora em 2014 completa-se 50 anos de um de seus
trabalhos mais populares (e deliciosos), o curta “A Velha a Fiar” (1964), que
está disponível inclusive aqui na internet.
O grau de seu refinamento é a comprovação incontestável “que
a massa pode sim comer finos biscoitos” citando Oswald de Andrade, correto?
Um clássico, que qualquer um pode desfrutar e, ao mesmo
tempo, condicionar seu olhar a obras que
de fato ampliem seu repertorio não só intelectual como de vida como um todo:
afinal, Mauro desde sempre propôs (entre
outras intenções) via o cinema alfabetizar aqueles que ainda não tivessem (ou
ainda não tenham) tido a possibilidade de se reconhecer plenamente diante do
mundo que o cerca: após a oralidade o meio de expressão esperado de uma criança
ou de um adulto é justamente via a
escrita (lendo e escrevendo...) para posteriormente alçar novos voos !
Procure assistir “ A velha...” , vamos celebrar esta efeméride!Se já viu, reveja! E caso esta perda irreparável
de Eduardo Coutinho não só para o cinema, mas para vida nacional, tenha tb. lhe
tocado de alguma forma, não se contenha, manifeste-se! Supere essa letargia,
essa comodidade de receber tudo “goela abaixo” de forma passiva.
A melhor maneira de manter viva a memoria de Humberto Mauro
e agora Eduardo Coutinho (entre outros) é justamente cultivando, ou começando a
cultivar não só a cinefilia (como um todo) as suas filmografias, como
igualmente demonstrando a intenção, o interesse, realizações audiovisuais ou não, a tudo que
nos possa fazer melhores e maiores em nossas ações! Quer sejam pessoais,
familiares ou profissionais. Descontado ai algum pedantismo!
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