domingo, 31 de janeiro de 2016

PASSAPORTE PARA OSASCO



COMO ACONTECE (EU) com outros cineastas em todas as partes do planeta nestes dias que cercam os preparativos p/ o lançamento do meu novo filme, o documentário PASSAPORTE P/ OSASCO, a tensão, a angustia, o medo enfim, nem tem como ficar ausente. Não só comigo mas com todo mundo envolvido (equipe técnica, entrevistados etc.), principalmente considerando  que ele é um filme político, de esquerda; e é óbvio que o ambiente em geral está super carregado. Nem carnaval está conseguindo amenizar as coisas – como era no passado.
Mas minhas esperanças estão vivas! Ontem mesmo assisti em DVD umas das obras fantásticas do eterno mestre do cinema italiano e mundial  Roberto Rossellini,  “Santo Agostinho”. Que justamente neste ano se vivo estivesse,  completaria 110 anos (8 de maio de 1906 – Roma / 3 de junho  de 1977 - Roma).
É aquela história: infelizmente não consegui assisti nos cinemas um doc. sobre Ingrid Bergman
Conforme cheguei a expressar este desejo em um dos posts anteriores – o filme já saiu de cartaz.
Daí que não tem como deixar de (re) ver desde já alguns (pelo menos ) de seus principais filmes. E claro estudar suas valiosas lições não só de cinema, mas de história, do amor, da televisão da vida enfim! Aliás: muito me causou espanto anos atrás quando conheci uma jovem formada em Rádio e TV por uma das faculdades de SP (“com certeza uma das melhores”, me foge agora...) que simplesmente não sabia que Rosssellini foi um dos principais intelectuais que pensou e filmou a importância não só do cinema, mas também da TV e etc.! Ou seja, estudou pegou o diploma e daí ?!? que profissional é ela?!!!!?
É evidente que este caso é apenas um exemplo (mais um) que ocorre com a situação do ensino no Brasil pós-1964! Eu mesmo sofri e sofro com tais decorrências (nasci do dito ano...).
Quando for possível debato mais isto tudo...
O que também fiz ontem e todos tb. Deveriam fazer é conferir a exposição “Por Debaixo no
Pano” da fotógrafa  Nair Benedicto  e com curadoria de Diógenes Moura.
Simplesmente outra aula de imagem, no caso fotografia. Ela que é como eu parceira e amiga do cineasta Silvio Tendler, dá um show! Principalmente levando-se em conta das dificuldades de sua produtora em viabilizar um evento de tal envergadura (imagine eu como meu filme...). Colabora tb. Com um pequeno curta metragem a cineasta Aline Sassahara igualmente parceira do Silvio. Me chamou atenção tb. Uma carta do saudoso mestre Carlito Maia, publicitário que faleceu em 2002, que fui a seu velório em SP. É que nos anos 1990 consegui fazer contato com ele p/ aprender en fim me torno seu discípulo; chegou até me receber na TV Globo quando sua sede era na Praça Marechal Deodoro  (embaixo do Minhocão). Bem, no fim vacilei!
SERVIÇO:





Por debaixo do pano Exposição de Nair Benedicto

Um verso para o tempo interminável
Diógenes Moura, curador

Na sala da sua casa, no bairro da Vila Mariana, em São Paulo, Nair Benedicto me diz que nunca fez uma fotografia para ser a mais importante de todas as imagens: “Quero que seja a melhor representação do que estou vendo. Se você se liberta de tudo, a fotografia acontece. Determinadas fotos me dão tanta querência que não me preocupo com o ‘estilo’ em que ela poderá ser definida”. Em torno da mesa redonda onde estamos há o silêncio da sala, os livros, os pequenos bancos indígenas, os móveis de família, os retratos dos filhos, netos e antepassados, os vasos com galhos de urucum recolhidos no jardim.

Foi dali, próximo à janela, que foram feitas as duas últimas imagens que estão em Por Debaixo do Pano: uma cena impregnada de cinza, paulistana entre fuligem e capitalismo, com quase nenhum reflexo do janelão vazado por onde se vê o lado de fora da rua invertido, os prédios de cabeça para baixo. A fotografia foi pensada para finalizar a série sobre a ditadura militar. Foi daquela forma, presa ao pau de arara, que Nair Benedicto foi torturada, em 1969. Lá, sem nenhuma chance, ela enxergava o mundo ao redor virado ao contrário. Portanto, a série de imagens invertidas foi concebida para não esquecermos que cicatrizes não se transferem e que depois desse período de ‘guerra’ pelo qual passamos tivemos que espremer a liberdade para não sermos transformados em coisa pela sombra monstruosa dos que nos perseguiram durante 21 anos seguidos. Livre, Nair Benedicto escreveu sua história com as próprias mãos.

Por isso ela sussurra em cada uma das suas imagens, como um segredo guardado dentro do outro. Quanto mais olhamos, mais descobrimos. Nada em seu espaço visual fica parado no tempo. Parado na memória, sim. Como deve ser a verdadeira fotografia. O mundo está à beira, quase sem saída, impregnado por uma falsa moral digital, pífia, sinistra. Ultrapassar poderá ser um verbo futurista. Assim é Por Debaixo do Pano. O pensamento de uma artista diante dos seus dias: a mulher que se põe (despida) diante da nossa avassaladora existência humana. Esse, o contorno estupefato e ao mesmo tempo aveludado que conduz sua criação pelo menos nas últimas cinco décadas. “Trabalho com o que acho importante, com o que quero. Isso é um privilégio, estar diante do mundo e deixar que ele interfira no meu olhar. É essa sensação que provoca em mim o desejo de compartilhar o que vi e vivi. Atualmente as pessoas definem seus trabalhos a partir de resultados financeiros. Eu pude usar a minha paixão para traçar o meu destino, político, social”, disse-me outra vez com o seu jeito ciber-caboclo-pan-amoroso.

Nada em Por debaixo do Pano vaza para limites exteriores. Um título que estatela diante de nós a realidade falsamente camuflada e desnuda da nossa vida cotidiana rachada ao meio, onde a mentira e as palavras dissimuladas precisam ser incendiadas em cada amanhecer. Sabendo disso Nair Benedicto revê as famílias; as tribos indígenas; as manifestações populares; o grito dos movimentos nas ruas/o corpo/o gesto/o músculo da vida cotidiana em chamas; a coragem do outro no gênero possível, real, múltiplo e do próximo gênero que ainda está em construção. Olha adiante como olha para si mesma. Escreve numa exposição o lhe perturba nos tempos atuais. Por tudo isso Por Debaixo do Pano não é apenas fotografia: é também navalha na carne, a noite dos tempos, o corpo líquido, o músculo em chamas, um poema nascendo, o cinema transcendental, a garganta das coisas.


Ventos na superfície do oceano
Nair Benedicto

O que eu sempre quis na vida foi ser protagonista. Nasci em São Paulo. Meus primeiros 10 anos vivi no bairro da Liberdade. Os vizinhos eram descendentes de italianos como eu, ou espanhóis, negros, japoneses, árabes. Meu primeiro namorado foram dois irmãos japoneses. Sem drama! Num dos primeiros boletins de avaliação da ótima escola pública que eu frequentava, tentei transformar minha nota 3 em 8. Minha mãe foi chamada. Não fui punida pela escola, nem pela minha mãe (já viúva), mas percebi que estudar e aprender eram oportunidades que não deviam ser desperdiçadas.

Adolescente, arrumei correspondentes em vários países da América Latina, Europa e Ásia. Alguns deles conheci pessoalmente. Infelizmente, a polícia dos anos 1960, quando invadiu minha casa, apreendeu fotos e cartas desse período bonito da minha vida, como comprovantes de minha subversão. Formei-me em Rádio e Televisão cursando a FAAP e a USP. A ditadura dos anos 1970 tornou impossível o exercício da profissão nos canais normais. Tornei-me fotógrafa!

Tenho nojo ao ver pessoas empunhando bandeiras nas ruas e nas redes sociais pela volta dos militares. Mas é fácil de entender: 30 anos de ditadura, matança generalizada de lideranças rurais, operárias e estudantis. Exílio de cabeças pensantes como Paulo Freire, Oscar Niemeyer, Celso Furtado, Darcy Ribeiro e outros. Cargas tributárias sobre consumo e produção. Uma elite vivendo sem trabalhar, apenas administrando heranças e o próprio capital, habituada a tratar o bem público como se fosse privado, socializando dívidas e privatizando ganhos. A Constituinte de 1988 não chegou sequer a arranhar alguns problemas básicos: revisão das concessões dos meios de comunicação, reforma política, reforma agrária, imposto sobre fortunas. A Nova República nasceu morta, aglutinando os remanescentes da Ditadura. Deu no que deu!

Sou contra a corrupção. Mas ela precisa ser atacada sem cinismo nem hipocrisia. Corrupção é corrupção! Corrupto precisa deixar de ser apenas o OUTRO: o outro indivíduo, o outro partido, o outro time. Mensalão, trensalão, Banestado, Metrô de São Paulo, Vale do Rio Doce, compra de votos, sonegação de declaração do Imposto de Renda, subornos de guardas. A corrupção acaba com a noção do bem comum. Acaba com a política. Além da crise econômica e social, vivemos um momento de falta de representatividade. Na periferia, entre outras coisas aprendi que não existe bala perdida. A bala é artefato feito para matar. Não temos lei da pena máxima na legislação, mas ela existe na prática. A polícia em São Paulo e no país todo está matando: índios, líderes rurais, negros, mulatos e pobres de qualquer cor.

Apesar de tudo, as pessoas da periferia estão criando: música, poesia, grafites, literatura, contos. Votar de vez em quando não basta. Estão surgindo novos protagonistas, e isso incomoda demais nossa elite do dinheiro, dos filhos de sicrano, dos netos de beltrano. Essa elite quer vassalos, não interlocutores. Num dos audiovisuais que produzi nos anos 1980, sobre propriedade de terra e moradia, uma mulher, liderança dos favelados, terminou sua fala com uma frase que nunca esqueci: “Neste período todo de nossa luta, descobri que sou gente! E isto não tem volta!”.

Precisamos repensar os modos de vida. A sobrevivência exige muito mais que esse empedernido ser humano que se vê como o centro do Universo. Precisamos uns dos outros. Precisamos exercitar a tolerância que tanto nos está fazendo falta neste mundo impregnado de ódio, em que fomos atingidos pela mídia em geral. Tolerância não significa apenas o esforço de aguentar o diferente de nós. A diferença nos enriquece como seres humanos. Aprender a ser gente! Ir além do Homem. É em nome desse valor que devemos nosso respeito à terra, à água, aos animais, às arvores, às flores e a todos os viventes deste planeta onde vivemos. Já perdemos tempo demais. Mãos à obra!


Evento: Por debaixo do pano
Abertura: dia 7 de novembro de 2015
Período expositivo: 7 de novembro de 2015 a 20 de março de 2016

Local: Casa da Imagem
Endereço: Rua Roberto Simonsen, 136B
01017-020 - Sé – São Paulo SP
Telefone: 11 3106-5122 - Ramal 203/205 
Horário de Funcionamento: de terça a domingo, das 9 às 17 horas
Entrada gratuita



EXTRAIDO DO SITE:









quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

REVISTA DE CINEMA

PARA QUEM AMA CINEMA, leia tb. e participe da Revista de Cinema: www.revistadecinema.com.br
há 16 anos em Cartaz. Inclusive impressa. Peguei uns exemplares impressos no Centro Cultural São Paulo p/ Osasco.  A de Janeiro/Fevereiro tem capa do xará Ruy Guerra que está para lançar o filme "Quase Memória" que é o livro de outro mestre da literatura e jornalismo Carlos Heitor Cony. Bem, o livro realmente me paralisou por uma semana ou coisa do tipo (como as vezes acontece com todo mundo). Quem sabe depois assistindo o filme possa tb. recuperar todas as memórias...

sábado, 23 de janeiro de 2016

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

NÃO PERCA!

POR OCASIÃO DA EXIBIÇÃO de um documentário sobre uma das maiores atrizes do cinema, Ingrid Bergman, "Eu sou Ingrid Bergman" (Jag är Ingrid) dirigido por Stig Björkman (Suécia, 1h 54m, 2015). "Um filme intimista sobre a vida de uma das mais premiadas atrizes da história do cinema, três vezes vencedora e oito vezes indicada ao Oscar. (Wikipédia)"; Salvo engano em São Paulo apenas no Espaço Itaú de Cinema Augusta às 15h50. Nós todos temos a obrigação de assistir! Sim, pois além de belíssima mulher, foi também uma das esposas de um grande mestre do cinema, Roberto Rossellini; e muito mais. Penso então ser novamente importante republicar o texto abaixo que fiz em 2007. Mesmo longo  e mal diagramado vale uma conferida; assim serve como um aperitivo para o filme...  "Trinta Anos Sem Roberto Rossellini" “Evidentemente, só fui entender muito mais tarde o que significava o Neo-realismo italiano, que era, na verdade, um alargamento das possibilidades do discurso cinematográfico. No momento em que Rossellini tira a câmera do estúdio e mostra a vida na rua, ele redefine não somente uma estética cinematográfica, mas também uma ética cinematográfica.” Walter Lima Junior – Cineasta. Foi a partir da reportagem “Texto inédito de Rossellini previa conflito entre Ocidente e Islã”, publicada no site do “Jornal do Brasil” em 20/04/07 (que segue em anexo), que despertei para para a urgência de refletir sobre a importância do legado deixado pelo cineasta italiano Roberto Rossellini. Que nasceu em Roma em 8/5/1906 e que justamente em 3 de junho próximo completará trinta anos de sua morte também em Roma. A reportagem para quem ainda não o conhece é uma descoberta incrível, já para os iniciados (ou cinéfilos de carteirinha) é um excelente aperitivo. É que escrever em 1976 sobre as relações Ocidente e Islã com o devido respeito, ensinando-nos à compreensão e tolerância mútua, e principalmente colocá-la em prática, é algo muito importante. Ele profetizou por assim dizer o 11 de setembro de 2001! E mais, ao longo de sua trajetória foi e será uma obrigatória e verdadeira referência não só para os interessados por cinema ou cultura, mas para todos aqueles que almejam um mundo ético, digno e solidário. Palavras muitíssimo caras nos dias atuais. Segundo o jornalista Luiz Zanin Oricchio do “O Estado de S. Paulo” caderno “Cultura/Caderno 2” de 2/11/2003, pág. D-1, “... Mais de uma vez, em entrevistas (inclusive na mais célebre de todas, dada a Eric Rohmer e a François Truffaut, para a Cahiers du Cinema, afirmou que desconhecia o significado exato do termo neo-realismo. Dizia até mesmo que não era cineasta, apenas um homem que se sentia em dever moral diante dos seus semelhantes e procurava meios expressivos adequados para cumprir com sua obrigação. Cinema ou TV, ou os dois juntos, tudo dava na mesma...”. É importante (re) lembrar que ele é considerado o “pai do Neo-Realismo italiano”, e por extensão do cinema moderno. Jean-Luc Godard e François Truffaut foram super influenciados por Rossellini , surgindo a Nouvelle Vague francesa. Certa ocasião Glauber Rocha também admitiu que o Cinema Novo brasileiro era devedor dele. Rossellini começou a interessar-se por cinema por volta do 30 anos, como montador, roteirista e realizador de curtas-metragens. Sua estréia nos longas foi em 1941 com O Navio-hospital. Pode-se afirmar que sua trajetória artística decolou de vez a partir da chamada “trilogia da guerra”: Roma – Cidade Aberta (1945), Paisá (1946) e Alemanha Ano Zero (1948). Na qual ele praticamente documentou a 2ª Guerra Mundial na Europa, ainda que fossem ficcionais. Já com Stromboli (1950), Europa 51 (1952) e Viagem à Itália (1953), estamos diante da “trilogia da solidão”. Nos três a atriz Ingrid Bergman (Estocolmo, 29/08/1915 – Londres, 29/08/1982) de Casablanca (entre muitos outros), está magistral. E que teve um polêmico casamento com Rossellini; nascendo daí Roberto e as gêmeas Isotta Ingrid e a atriz Isabella Rossellini. Não se deve esquecer também, que Anna Magnani (1908-1973) imortalizou sua carreira no papel de Pina em Roma – Cidade Aberta. E, igualmente anotar, que Federico Fellini (1920-1994) antes de realizar obras como A Doce Vida (1960) e 8/12 (1963), foi um dos principais colaboradores de Rossellini. Deixo aqui esta pequena recordação de Roberto Rossellini. Na certeza que ela motivará outros tantos interesses e necessidades. Estão disponíveis para locação em DVD: Roma – Cidade Aberta (1945), Paisá (1946), Alemanha, Ano Zero (1948), Stromboli (1949), Francisco, Arauto de Deus (1950), Viagem à Itália (1954), Nós as Mulheres (1953), De Crápula à Herói (1959) e Santo Agostinho (1972). Rui de Souza – 25/04/2007. "Texto inédito de Rossellini previa conflito entre ocidente e Islã"
 Agência ANSA ROMA – A perspicácia do pensamento e da obra de Roberto Rossellini encontra uma nova comprovação com a publicação de “Islam”, texto inédito de um projeto televisivo que o diretor escreveu em 1976 e acabou por não ser filmado. O manuscrito, dividido em setenta pastas, foi reencontrado por Renzo Rossellini, filho e colaborador muito próximo de Roberto. A ele também se deve a organização do curto livro publicado na Itália pela editora Donzelli (163 páginas, 13,50 euros) que contém a filmografia completa do diretor, com fichas exaustivas sobre cada obra. “Islam” se insere no projeto de filmes televisivos histórico-didáticos sobre a história da humanidade, uma espécie de enciclopédia imagética que produziu também obras-primas singulares, como “La Presa del Potere di Luigi XIV” e Il Messia”. Para Rossellini (1906-1977), que já desde a segunda metade dos anos 1960 tinha rompido com indústria cinematográfica, a divulgação televisiva representava o futuro do cinema e – de um ponto de vista pessoal – um novo campo a ser explorado. No texto inédito, surpreende o modo original de enfrentar a questão do istã, com reflexões que hoje parecem ter extrema atualidade. Dizem as primeiríssimas linhas: “Agora que o mundo está ainda mais dilacerado por novas incompreensões e por acontecimentos inusitados, torna-se urgente fazer alguma coisa. Uma nova fratura muito profunda foi criada entre o mundo ocidental, orgulhoso de seu suposto pragmatismo, e o mundo muçulmano, que, finalmente despertado, tem a coragem de se recobrar”. Muitos anos antes do fatídico 11 de setembro de 2001, Rossellini parece intuir o perigo de um choque de civilizações e postula necessidade de conhecer as riquíssimas raízes da cultura árabe e da relação profunda que essas raízes têm com o Ocidente. Um raciocínio cristalino, que revela não apenas a erudição e a postura de pesquisador, mas também a incrível capacidade de intuição do mestre. “Qualquer coisa poderá acontecer”, diz a obra. Mas para nos odiarmos bem ou nos destruirmos bem, deveremos em todo caso conhecer-nos bem. O texto foi escrito à mão, como todos os outros do mesmo gênero, em blocos pautados amarelos, que Rossellini usava sempre para o seu trabalho. Comumente, depois de ter escrito ele fotocopiava as páginas e as dava ao filho, para que ele lesse e fizesse as suas observações. Mas, quando terminou de escrever “Islam”, segundo conta Renzo, ele não fez cópias e pediu a ele lesse rápido, diante de si, as páginas recém-prenchidas. - Imediatamente comentei – conta Renzo: “Mas como, os países islâmicos são riquíssimos, têm petróleo e podem colocar de joelhos a economia do planeta!”. Rossellini então respondeu num ímpeto ao filho: “Mas esse é o problema: para apoderar-se dessas riquezas criaremos pretextos, usaremos as armas do racismo, como foi feito contra os judeus, e pior, poderemos criar um novo holocausto, e desta vez as vítimas serão o islã e os mulçumanos”. Reportagem publicada no site do “Jornal do Brasil” em 20/04/07

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Paródia Didi O portão Roberto Carlos


     Bem, brincadeiras à parte como já disse Samuel Rosa do Skank: "Todos falam de violência... mas não de Justiça!". Sim, como parte da geração dele e apreciador de sua banda,   tb. assino embaixo suas sábias palavras. E VIVA RENATO ARAGÃO, DEDÉ SANTANA E ROBERTO CARLOS. VIVA TAMBÉM SILVIO TENDLER UM DOS MAIORES DOCUMENTARISTAS; EMPLACOU MAIS DE 1 MILHÃO E 800 MIL ESPECTADORES  COM O DOCUMENTÁRIO "O MUNDO MÁGICO DOS TRAPALHÕES" EM 1981/82 NOS CINEMAS, QUE ASSISTI NA ÉPOCA E AGORA. CONFIRA O FILME A SEGUIR...  

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

CHICO BUARQUE CONVIDA...

LEITORES, aguardem mais um pouco para saber como, quando e onde será o lançamento do meu filme PASSAPORTE P/ OSASCO. Bem, enquanto isto "faça como eu e mais de 90 pessoas (ou seja sala lotada do Cine CAIXA Belas Artes em SP" fizeram domingo passado e assistiram o DIVINO DOC. MUSICAL DO DIVINO CHICO BUARQUE. É p/ levar todo mundo!!! Até porque ver um show dele eh muito raro e difícil. E EH AQUELA COISA: A SALA LOTADA (ENQUANTO EH TEMPO...)com gente bacana (acredita-se...) tela gigante, uma birita acompanhando etc. etc. quer mais o quê???