É DURO A CONSTATAÇÃO,
mas como grandes pesquisadores, sociólogos, etc. , já o fizeram, com a internet que comercialmente existe há
vinte anos, podemos assim afirmar, trouxe sem dúvida muitas facilidades, e
condições para praticamente tudo das melhorias da condição humana.
No entanto, aniquilou algo que me ressinto muito: o prazer
de ter noticias de alguém via uma simples carta. Seja ela amorosa, familiar,
não importa. O fato é que aquela magia, aquele ritual de pegar um papel, uma
caneta, e desenvolver todo um sentimento, um amor, em uma ou duas páginas, e a
seguir colocá-la num envelope e postar nos Correios, transformou-se mesmo em
peça de ficção, literalmente!
Bem, daí já sabemos: com esta nossa sociedade do espetáculo, onde
tudo é na base de um exibicionismo apavorante via as redes sociais, celulares,
e câmeras mil em tudo que é lugar; agora é de fato muito mais importante “ter
do que ser”. Ainda que na maioria das vezes seja para se “comer mortadela e
arrotar peru”. E é também a “a morte da reflexão”. Se você está lendo até este
parágrafo é sinal que também não concorda com esta afirmação.
O que se publica, justamente em substituição a uma cartinha,
é em via de regra profundo como um pires de uma xícara.
E não adianta me acusar de saudosista, amante de
velharias...
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