segunda-feira, 4 de julho de 2016

LER, ESCREVER... PENSAR!?

É DURO A CONSTATAÇÃO, mas como grandes pesquisadores, sociólogos, etc. , já o fizeram,  com a internet que comercialmente existe há vinte anos, podemos assim afirmar, trouxe sem dúvida muitas facilidades, e condições para praticamente tudo das melhorias da condição humana.
No entanto, aniquilou algo que me ressinto muito: o prazer de ter noticias de alguém via uma simples carta. Seja ela amorosa, familiar, não importa. O fato é que aquela magia, aquele ritual de pegar um papel, uma caneta, e desenvolver todo um sentimento, um amor, em uma ou duas páginas, e a seguir colocá-la num envelope e postar nos Correios, transformou-se mesmo em peça de ficção, literalmente!
Bem, daí já sabemos:  com esta nossa sociedade do espetáculo, onde tudo é na base de um exibicionismo apavorante via as redes sociais, celulares, e câmeras mil em tudo que é lugar; agora é de fato muito mais importante “ter do que ser”. Ainda que na maioria das vezes seja para se “comer mortadela e arrotar peru”. E é também a “a morte da reflexão”. Se você está lendo até este parágrafo é sinal que também não concorda com esta afirmação.
O que se publica, justamente em substituição a uma cartinha, é em via de regra profundo como um pires de uma xícara.
E não adianta me acusar de saudosista, amante de velharias...




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