NA
MEDIDA EM QUE VÃO SE estabilizando minhas preocupações
com o PASSAPORTE P/ OSASCO, ou seja, a luta p/ divulga-lo e exibi-lo
(e quem sabe no futuro poder incluir “extras” numa nova versão em DVD, e enfim
disponibiliza-lo na internet, etc.), vou procurando retomar um dos grandes
prazeres que é assistir filmes de colegas – claro, que de fato sejam muitíssimo
relevantes.
Os três mais recentes que vi foram: o chileno “O
Botão de Perola” de um dos maiores documentaristas da atualidade,
Patricio Gusmán, simplesmente nota dez com louvor! que assisti no CineSesc em
São Paulo, mas que infelizmente já saiu de cartaz. Em DVD pirata que o amigo e parceiro João Luiz
me presenteou, o argentino/espanhol “Truman” de Cesc Gay (bem na verdade
ele errou e acertou: é que na correria na Rua Augusta, em SP, comprou de um
camelô o filme pensando em Dalton Trumbo, roteirista e romancista americano
acusado de comunista em meados do século passado pelo Congresso Americano...)
com outra estrela do cinema mundial: o ator Ricardo Darín. É uma excelente comédia dramática contemporânea.
E ainda está em cartaz nos cinemas. Por fim “Janis: Little Girl Blue”
de Amy J. Berg.
Assisti esse último domingo passado (24/07), no
Espaço Itaú de Cinema Augusta, em São Paulo. Trata-se de um belíssimo documentário
sobre Janis Lyn Joplin (Port Arthur, 19 de janeiro de 1943 — Los Angeles, 4 de outubro de 1970). Tocou-me no fundo da alma! Devo
assistir
novamente. Antes de assistir já estava sensibilizado com outra querida
cantora que igualmente também faleceu precocemente aos 27 anos: Amy Jade Winehouse (Londres, 14 de setembro de 1983 — Londres, 23 de julho de 2011).
Meses atrás assisti na TV a Cabo com minha mulher, Rita, também um documentário
extraordin ário sobre ela.
Bem, daí acentuou-se
mais duas celebridades icônicas no rol de meus mortos queridos.
(Desnecessário citar
novamente meu avô cinematográfico Humberto Mauro).
Agora os dispositivos
documentais utilizados pela diretora Amy
Berg em “Janis...” são
elegantes, geniais, principalmente a montagem que nos conduz a muita coisa até
então desconhecida e encenadas, ou melhor, cantadas pela própria Janis Joplin:
os bastidores inéditos da gravação da
deliciosa “Summertime”, as explosivas e contagiantes presenças nos palcos, como
sua estreia no Festival Pop de Monterey de 16 a 18 de junho de 1967
(California, EUA) para o grande publico;
como também de Jimi Hendrix (sim, também nos deixou aos 27 anos, outra estrela
do rock americano). As entrevistas com dois irmãos caçulas dela (uma irmã e um
irmão, hoje na faixa dos seus 70 anos) que em conjunto com remanescentes da Big
Brother and The Holding Company da qual Joplin começou com vocalista, e
de outras bandas como Kosmic Blues e Full Tilt Boogie, ai
já na carreira solo. Isto tudo entremeado pela narração de cartas e textos
escritos pela cantora, por outra roqueira, Cat Power.
Volta e meia surge na
tela também imagens de arquivo de um último vagão de trem, meio que já
alertando que a história contada de uma sempre jovem e sexy mulher sorridente
ao público, e que revolucionou o mundo do rock a presença feminina, escondia um
terrível drama com qual convivia: o uso de drogas que a mataria através de uma overdose
de heroína.
É isso. Com documentários
como esse, ou de Patricio Gusmán que particularmente tornam ainda mais
estimulantes à crença nesse gênero cinematográfico. E ao mesmo tempo repercutem
mesmo que via esse modestíssimo Blog (ou Facebook) a maiores plateias ainda
submetidas a filmes sem valor algum. A não ser é claro das milionárias,
bilionárias bilheterias em favor dos mega produtores, distribuidores e exibidores.
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