terça-feira, 26 de julho de 2016

TRÊS EM UM

NA MEDIDA EM QUE VÃO SE estabilizando minhas preocupações com o PASSAPORTE P/ OSASCO, ou seja, a luta p/ divulga-lo e exibi-lo (e quem sabe no futuro poder incluir “extras” numa nova versão em DVD, e enfim disponibiliza-lo na internet, etc.), vou procurando retomar um dos grandes prazeres que é assistir filmes de colegas – claro, que de fato sejam muitíssimo relevantes.
Os três mais recentes que vi foram: o chileno “O Botão de Perola” de um dos maiores documentaristas da atualidade, Patricio Gusmán, simplesmente nota dez com louvor! que assisti no CineSesc em São Paulo, mas que infelizmente já saiu de cartaz.  Em DVD pirata que o amigo e parceiro João Luiz me presenteou, o argentino/espanhol “Truman” de Cesc Gay (bem na verdade ele errou e acertou: é que na correria na Rua Augusta, em SP, comprou de um camelô o filme pensando em Dalton Trumbo, roteirista e romancista americano acusado de comunista em meados do século passado pelo Congresso Americano...) com outra estrela do cinema mundial: o ator Ricardo Darín.  É uma excelente comédia dramática contemporânea. E ainda está em cartaz nos cinemas. Por fim “Janis: Little Girl Blue” de Amy J. Berg.
Assisti esse último domingo passado (24/07), no Espaço Itaú de Cinema Augusta, em São Paulo. Trata-se de um belíssimo documentário sobre Janis Lyn Joplin (Port Arthur, 19 de janeiro de 1943  Los Angeles, 4 de outubro de 1970). Tocou-me no fundo da alma! Devo assistir novamente. Antes de assistir já estava sensibilizado com outra querida cantora que igualmente também faleceu precocemente aos 27 anos:  Amy Jade Winehouse (Londres, 14 de setembro de 1983 — Londres, 23 de julho de 2011). Meses atrás assisti na TV a Cabo com minha mulher, Rita, também um documentário extraordin ário sobre ela.
Bem, daí acentuou-se mais duas celebridades icônicas no rol de meus mortos queridos.
(Desnecessário citar novamente meu avô cinematográfico Humberto Mauro).    
Agora os dispositivos documentais utilizados pela diretora Amy Berg em “Janis...” são elegantes, geniais, principalmente a montagem que nos conduz a muita coisa até então desconhecida e encenadas, ou melhor, cantadas pela própria Janis Joplin: os bastidores inéditos  da gravação da deliciosa “Summertime”, as explosivas e contagiantes presenças nos palcos, como sua estreia no Festival Pop de Monterey de 16 a 18 de junho de 1967 (California, EUA)  para o grande publico; como também de Jimi Hendrix (sim, também nos deixou aos 27 anos, outra estrela do rock americano). As entrevistas com dois irmãos caçulas dela (uma irmã e um irmão, hoje na faixa dos seus 70 anos) que em conjunto com remanescentes da Big Brother and The Holding Company da qual Joplin começou com vocalista, e de outras bandas como Kosmic Blues e Full Tilt Boogie, ai já na carreira solo. Isto tudo entremeado pela narração de cartas e textos escritos pela cantora, por outra roqueira, Cat Power.
Volta e meia surge na tela também imagens de arquivo de um último vagão de trem, meio que já alertando que a história contada de uma sempre jovem e sexy mulher sorridente ao público, e que revolucionou o mundo do rock a presença feminina, escondia um terrível drama com qual convivia: o uso de drogas que a mataria através de uma overdose de heroína.

É isso. Com documentários como esse, ou de Patricio Gusmán que particularmente tornam ainda mais estimulantes à crença nesse gênero cinematográfico. E ao mesmo tempo repercutem mesmo que via esse modestíssimo Blog (ou Facebook) a maiores plateias ainda submetidas a filmes sem valor algum. A não ser é claro das milionárias, bilionárias bilheterias em favor dos mega produtores, distribuidores e exibidores. 

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