sábado, 27 de agosto de 2016

13

CAAALMA! O QUE SE SEGUE não é nenhum proselitismo político em prol do Partido dos Trabalhadores.
Ainda que, apesar de tudo, possa nutrir certa simpatia por esta agremiação. E além do mais não é aqui (como nunca foi e nunca será) que irei fazer Campanha Eleitoral, etc.; se é que um dia voltarei a fazer...
O 13 em questão têm a ver com os R$ 13,00 que pago há meses (!) por um sanduiche de queijo quente com uma igualmente deliciosa salada de frutas num tradicional restaurante e lanchonete na região da Avenida Paulista.
Mas por que isto renderia uma crônica? Ora porque toda vez que estou lá recordo de duas coisas: Primeiro de meu passado como Office-Boy (pois é... hoje é Motoboy), entre o final da década de 1970 e começo dos anos 80, que entre outras artimanhas típicas de um guri com seus 15, 16 anos (tipo descer pela porta traseira do ônibus sem pagar passagem, superfaturar notas fiscais de um almoço, etc. ou mesmo sofrer horas numa fila de banco ou no DETRAN lá no Ibirapuera em SP), também tinha “meu point gastronômico favorito”: uma lanchonete na esquina da Rua Libero Badaró com Largo São Bento no centro de São Paulo. Onde comia “aquele” X- Salada com uma bela vitamina mista.  Ou chupava laranjas descascadas na hora (por uma maquininha apropriada) em banquinha que ficava na Praça Ramos na lateral do Teatro Municipal de São Paulo (sim, com a mega-loja Mappin em frente). Por atendimento e preços muitíssimos parecidos, com as devidas relatividades (moeda corrente e demais diferenciais).  
Recordo-me também que naqueles anos 80 o saudoso cartunista Henfil (1944-1988) assinava uma coluna na última página da revista ISTOÉ (entre outras publicações que colaborou) chamada “Cartas à Mãe”.
Numa delas ele chamava atenção que “...com a chegada do MacDonald’s,  é com a já institucionalizada Coca-Cola, começa também acabar aqueles vendedores de garapa de cana, de paçoquinha de amendoim, ou de milho verde etc. pelas ruas da cidade... isto também é  insuportável mãe! ” enfim o espírito do texto era uma critica severa ao processo de Globalização que começava a ocorrer no país, no qual  alimentos típicos do Brasil, de valores culturais nacionais muito comuns até aquela geração anos 80 estavam desaparecendo. Não havia até então praças de alimentação de shoppings centers. Entre tantos outros hábitos e costumes comuns no exterior.
O Cine Estoril em Osasco (mais o Glamour e outros), também entraram “na dança”: transformou-se na casa de shows Kalipso, depois Bingo e finalmente Igreja evangélica.
Então fica a questão: será mesmo que em países como França, Itália... ou os próprios EUA  com seus históricos patrimônios, como um perfume básico  passando por um prato típico até o modo de pensar a sua Cultura, sofreram ou sofrem com tais agressões tão violentas como as nossas?
Ah, na citada lanchonete um também gostoso pão com ovo frito sai por R$ 5,00!  








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