CAAALMA!
O QUE SE SEGUE não é nenhum proselitismo político em
prol do Partido dos Trabalhadores.
Ainda que, apesar de tudo, possa nutrir certa
simpatia por esta agremiação. E além do mais não é aqui (como nunca foi e nunca
será) que irei fazer Campanha Eleitoral, etc.; se é que um dia voltarei a
fazer...
O 13 em questão têm a ver com os R$ 13,00 que pago
há meses (!) por um sanduiche de queijo quente com uma igualmente deliciosa
salada de frutas num tradicional restaurante e lanchonete na região da Avenida
Paulista.
Mas por que isto renderia uma crônica? Ora porque
toda vez que estou lá recordo de duas coisas: Primeiro de meu passado como
Office-Boy (pois é... hoje é Motoboy), entre o final da década de 1970 e começo
dos anos 80, que entre outras artimanhas típicas de um guri com seus 15, 16 anos
(tipo descer pela porta traseira do ônibus sem pagar passagem, superfaturar
notas fiscais de um almoço, etc. ou mesmo sofrer horas numa fila de banco ou no
DETRAN lá no Ibirapuera em SP), também tinha “meu point gastronômico favorito”:
uma lanchonete na esquina da Rua Libero Badaró com Largo São Bento no centro de
São Paulo. Onde comia “aquele” X- Salada com uma bela vitamina mista. Ou chupava laranjas descascadas na hora (por
uma maquininha apropriada) em banquinha que ficava na Praça Ramos na lateral do
Teatro Municipal de São Paulo (sim, com a mega-loja Mappin em frente). Por atendimento
e preços muitíssimos parecidos, com as devidas relatividades (moeda corrente e
demais diferenciais).
Recordo-me também que naqueles anos 80 o saudoso
cartunista Henfil (1944-1988) assinava uma coluna na última página da revista ISTOÉ
(entre outras publicações que colaborou) chamada “Cartas à Mãe”.
Numa delas ele
chamava atenção que “...com a chegada do MacDonald’s, é com a já institucionalizada Coca-Cola,
começa também acabar aqueles vendedores de garapa de cana, de paçoquinha de amendoim,
ou de milho verde etc. pelas ruas da cidade... isto também é insuportável mãe! ” enfim o espírito do texto
era uma critica severa ao processo de Globalização que começava a ocorrer no
país, no qual alimentos típicos do
Brasil, de valores culturais nacionais muito comuns até aquela geração anos 80
estavam desaparecendo. Não havia até então praças de alimentação de shoppings
centers. Entre tantos outros hábitos e costumes comuns no exterior.
O Cine Estoril em Osasco (mais o Glamour e outros),
também entraram “na dança”: transformou-se na casa de shows Kalipso, depois
Bingo e finalmente Igreja evangélica.
Então fica a questão: será mesmo que em países como
França, Itália... ou os próprios EUA com
seus históricos patrimônios, como um perfume básico passando por um prato típico até o modo de
pensar a sua Cultura, sofreram ou sofrem com tais agressões tão violentas como
as nossas?
Ah, na citada lanchonete um também gostoso pão com
ovo frito sai por R$ 5,00!
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