“...Uma obra
fílmica que não perde em nada para um bom filme de arte europeu, ou um bom
filme brasileiro. Quem o vir depois, entenderá do que estou falando... Por
enquanto quero dizer mais, somente e tão de sua forma, de sua estética. Pois,
se arte também é simetria, eis que “Passaporte para Osasco”, de Rui de Souza,
tem muito de simetria, delineamento, capricho, nuanças e estética de um filme
feito por mãos de artesãos que conhecem do ofício. Uma produção, obviamente,
feita na cara e na coragem. Está lá a marca do seu diretor/autor e também
um dos seus colaboradores mais próximos como João Luiz de Brito Neto, cineasta
e cineclubista, que além de diretor de fotografia e câmera, foi quem fez a
edição; está lá também a trilha sonora, tanto a música original composta por
Alcides Neves, como a outra parte da trilha musical do grupo “La Carne”...”
(Cacá
Mendes)
Poeta e
produtor cultural, e também
Coordenador
do “Sarau dos Conversadores”
“...E é isto que ele faz,
apoiado em dezena de depoimentos de militantes políticos, protagonistas da
Greve de Osasco (1968). Inclusive e, principalmente, o de José Ibrahin, morto
há dois anos. Como o filme foi realizado ao longo de muitos anos, Rui e seu
fotógrafo João Luiz de B. Neto foram gravando testemunhos. Os melhores são os
de Antonio Roberto Spinosa e Roque Aparecido, pois temperados com humor.
Ibrahin também têm muito o que dizer, embora o faça sem a pulsão de vida que
deve ter marcado sua agitada juventude...”
“...Quando o filme começa,
nos animamos. Um jovem Ibrahin aparece em uma loja masculina, na França,
falando francês fluente com o rapaz que o atende. Ele prova ternos, pois,
anistiado, regressará ao Brasil (1979). O sindicalista dá a entender que não é
chegado em ternos, mas que faz questão de desembarcar no Brasil envergando um.
Por que?, quer saber o jovem francês. “Porque dizem que os guerrilheiros são
terroristas, marginais. Quero mostrar que não somos”. Dá-se um corte temporal e
vemos a ‘”geração osasquense de 1968″ já grisalha, passados quase 50 anos.
Ibrahin tinha 21 anos na época das greves e da prisão. E conta história
impressionante sobre desejo de suicidar-se pulando de um viaduto paulistano, a
que seria conduzido pelas forças repressivas, empenhadas em prender “novos
subversivos” (ele fornecera um “ponto” falso). Outro bom momento do
documentário vem de depoimento de Spinosa, sobre o jornal NP (Notícias
Populares), o mais lido pelos sindicalistas: o NP vivia de crimes
sensacionalistas, mas era o veículo que fazia “a melhor cobertura das lutas
sindicais de nossas bases”. E a cobertura de crimes, a maioria protagonizada
por personagens ficcionalizados (a loura-fantasma, o bebê-diabo, o bode
estuprador) só fazia aumentar o estigma sobre a cidade. As apelativas
capas-manchetes do jornal são mostradas para ilustrar o que diz o militante...”
Publicado no prestigioso e respeitadíssimo blog da
querida jornalista Maria do Rosário Caetano
em (no dia 03/06/16):
Um filme:
“Passaporte para Osasco”, de Rui de Souza
Para Rosa
Lopes Martins (Ex-Vereadora PT-Osasco e irmã do Dep. Est. Marcos Marcos Martins
(PT)
“...Maio
de 1979: José Ibrahim chega ao aeroporto de Viracopos em Campinas depois de dez
anos de exílio no México, Cuba, Panamá, Chile e Bélgica. As imagens do final do
filme “Passaporte para Osasco”, de Rui de Souza (2016, 90 min.), retomam as
lembranças de um período da história da cidade: a greve de julho de 1968.
Há
depoimentos do líder sindical e dos seus companheiros operários: José Groff,
João Joaquim da Silva, Roque Aparecido da Silva, Inácio Pereira Gurgel,
Terezinha de Jesus Gurgel, Antonio Roberto Espinosa – e das professoras Helena
Pignatari Werner e Risomar Fasanaro...”
“...A greve de 16 de julho de 1968 não foi apenas
reivindicatória – contra o arrocho salarial, direito à greve, mas política – e
houve ocupação de fábrica. Foi organizada a partir da Comissão de Fábrica da
Cobrasma e do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco – e outras empresas da
cidade também paralisaram: Brown Boveri, Braseixos, Barreto Keller, Lonaflex.
Foi um movimento libertário de enfrentamento da ditadura militar no Brasil...”
“...Osasco, a cidade marcada pela resistência à ditadura
militar, foi estigmatizada como a cidade da violência pela imprensa golpista. O
filme de Rui de Souza registra a história dos que ousaram desafiar a propaganda
fascista, a repressão, a prisão, o exílio, a tortura, o suicídio, a morte e
desaparecimento de presos políticos...”
João dos Reis, Professor de Filosofia e Jornalista.
Rui,
Peço-lhe desculpas pela demora do retorno, uma grande falha!
Parabéns pelo trabalho, que nos remete a um momento importante de nossa história social e política. Através da greve de 68 em Osasco e da homenagem a José Ibraim você transmite o que foi aquele momento fundamental para nossa história recente.
A versão que colocou em YouTube também está muito boa, passando a ideia do seu trabalho.
Mais uma vez, parabéns e continue produzindo!
Um abraço,
Lourdes Mattos, Psicanalista, São Paulo/SP.
Peço-lhe desculpas pela demora do retorno, uma grande falha!
Parabéns pelo trabalho, que nos remete a um momento importante de nossa história social e política. Através da greve de 68 em Osasco e da homenagem a José Ibraim você transmite o que foi aquele momento fundamental para nossa história recente.
A versão que colocou em YouTube também está muito boa, passando a ideia do seu trabalho.
Mais uma vez, parabéns e continue produzindo!
Um abraço,
Lourdes Mattos, Psicanalista, São Paulo/SP.
“Caro
Rui,
Acabei de
ver seu filme hoje (2/7). Gostei muito, por sua importância histórica e porque
não sobre reflexões sobre a atual condição da sociedade brasileira. Faz
referências importantes sobre a história obscura de nosso país. O filme também
me fez pensar sobre meu preconceito com relação à cidade de Osasco. Um dos
entrevistados faz referência à mídia reforçando este preconceito. Nada como
informação para diminuir os preconceitos, né? A montagem do filme também está
adequada, mas acho que o filme é para poucos, pessoas mais interessadas. Acho
que vc deve coloca-lo debaixo do braço e promove-lo em debates pela periferia de
São Paulo, pelo interior do estado e pelo Brasil. Não sei como vc poderia
viabilizar isso, por meio de sindicatos, universidades, escolas, centros
culturais e cineclubes. Vc poderia começar solicitando uma ajuda de custo, não
sei, é uma ideia. O filme tem sua relevância histórica e é atual para o debate
sobre manipulação da mídia, organização política e social, além de demonstrar
como o mundo mudou em certos aspectos. Podemos conversar mais sobre isso.
Parabéns pelo seu filme,valorize o seu trabalho e o do João. Amplie a
audiência, pois é um filme que as pessoas precisam ver.”
Fernando
Adolfo Bueno, Psicanalista e Produtor Cultural. São Paulo/SP
“Rui, seu mais novo documentário, Passaporte Para Osasco, é sensível
como tem de ser, dada a natureza do tema. Intenso e capaz de aproximar o
espectador da experiência dos entrevistados e da realidade do movimento
operário de então.”
Um abraço
Dr.
Rodrigo Fernandez, Psiquiatra e Psicanalista - São Paulo/SP.
“Gostei
do Passaporte para Osasco, sobretudo por trazer à tona uma parte da
história que pouca gente conhece. Eu aprendi um monte, e lembrei do tempo em
que meu pai era operário da Cobrasma.
Muito
obrigado pela gentileza e felicitações pelo seu trabalho.”
Abração,
Zé
Geraldo Couto
Critico e
Pesquisador de Cinema. Instituto Moreira Salles, Carta Capital, entre outras
publicações.
PRINCIPAIS TRECHOS EXTRAIDOS
DE LINKS PUBLICADOS EM netodohumbertomauro.blogspot.com EM 14 DE OUTUBRO DE
2016.
CASO TENHA INTERESSADO P/
EXIBIÇÃO ENTRE GRUPOS DE AMIGOS, CINECLUBES, ESCOLAS ETC. , MESMO AINDA EM 2016.
É SÓ AGENDAR/PROCURAR RUI DE SOUZA: 11 98917-4783 Claro, e/ou
rsouza08@yahoo.com.br
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