O TEXTO ABAIXO foi aqui publicado originalmente em 12/7/2013 justamente porque o filme "Jards" de Eryk Rocha estava sendo exibido. Agora como Jards Macalé
irá se apresentar aqui no SESC Osasco sábado que vem (10/12), e claro devo assistir, penso ser mais que oportuno
republicar esse aperitivo (que por sinal é um dos que mais gosto e igualmente
um dos mais visualizados). Quer dizer: o ideal é saber onde o filme está (para
quem não assistiu ainda...) agora e se deliciar!
“NA PRIMEIRA SEQUÊNCIA do
filme somos informados que Jards Macalé está num útero imaginário e logo
renascerá para sempre através da magia do cinema! Bem, daí inicia-se os 93
minutos de um documentário musical que tem tudo para ser um dos melhores do
ano. Eryk Rocha foi muito feliz ao seguir os passos do mestre Nelson Pereira
dos Santos, que em “A Música segundo Tom Jobim” revolucionou uma vez mais o
cinema brasileiro. Explica-se: tanto em “Vidas Secas” (1963) quanto neste
musical não há menosprezo à inteligência do espectador, são clássicos; e Rocha
ao utilizar muitas vezes luz estourada como em “Vidas...” e ignorar as
tradicionais entrevistas e depoimentos com em “A música...”; revela-se um
grande esteta, por que não? à altura de seu pai Glauber Rocha! Como é
característico de sua voz, ele meio que balbucia suas composições, e logo
comparecem os parceiros Adriana Calcanhoto, Luiz Melodia e Thais Gullin para
cantar musicas de seu mais recente álbum, que é na verdade o que permeia o
longa, mais os bastidores de shows e estúdio, se cotidiano em casa, sua vida e
obra enfim como cantor, músico e ator.Aliás, uma vez ou outra ele está como
passageiro num carro nos indicando para não nos dispersarmos: ou seja, a viagem
está em curso então fiquemos atentos as belas paisagens de sons e imagens! “Rei
de Janeiro” dele e Glauber, mais “Vapor Barato” juntamente com o também saudoso
Wally Salomão,“Gothan City” e” “Movimento dos Barcos” que são executadas (entre
outras) por ele com maestria em diversos instrumentos musicais nos inebriam pra
valer! Outra sequencia genial é quando ele mergulha numa piscina ao som
ensurdecedor das ondas do mar – que fica potencializada graças à tela grande e
a boa projeção no cinema – que fica evidente que estamos também assistindo a um
big happening, de uma grande artista. Olha ai mais um ponto para Eryk Rocha!
“Jards” mesmo tendo exibição gratuita (corra porque já vai acabar...) no Espaço
Itaú de Cinema (www.itaucinemas.com.br) é para poucos e bons: afinal a sofisticação
do olhar está ao alcance de todos, mas...”
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